quinta-feira, 11 de junho de 2015

HSBC encerrará suas atividades no Brasil e na Turquia

Por Vivian Schetini


 A crise econômica anda afetando vários setores da economia brasileira, a marolinha anunciada pelo ex presidente Lula parece que cresceu, tomou força e veio com tudo, se tornou um tsunami. Desemprego, alta nos juros, menos poder de compra e o que já estava ruim por conta de problemas internacionais parece que piorou por aqui. As consequências são baixa nos investimentos e até mesmo escolha do Brasil para finalizar atividades que por qualquer razão precisam de corte de gastos. É o caso do banco HSBC, que fechando as portas pode contribuir e muito com a crise brasileira, provocando mais demissões em um cenários já bastante ruim. O Objetivo do HSBC é cortar cerca de US$ 5 bilhões em gastos, e escolheram o Brasil e a Turquia para realizar essa economia já que esses países não estão atendendo as metas e projeções da instituição. Mas a crise do HSBC é bem maior e mundial. Esse que é considerado o segundo maior banco em patrimônio do mundo, divulgou uma queda nos lucros de 17% no balanço referente aos resultados de 2014 quando comparados a 2013. Mesmo em queda o saldo positivo ainda foi bilionário, mais de US$18 bilhões.

A explicação dada foi o pagamento de diversas multas regulatórias e indenizações, que chegam a cerca de US$11 bilhões nos últimos quatro anos. Como se isso não fosse já um rombo nas projeções financeiras do banco, houve também falhas na reputação da instituição, como a participação no esquema fraudulento de evasão fiscal para clientes "especiais", aqueles com muitos, mas muitos mesmo, zeros na conta, através do sistema bancário suíço, e nessa, uma lista de centenas brasileiros. 

O HSBC entrou no Brasil quando assumiu, em 1997 os ativos do Bamerindus, que até então estava sob intervenção do Banco Central. Na época cerca de 1,3 mil agências foram assumidas pelo HSBC, hoje são pouco mais de 850, além de carteiras de seguros, leasing e títulos de empresas. Mesmo após tantos anos no mercado brasileiro, as dificuldades de concorrência ainda são grande, no Brasil, o HSBC é o sexto maior banco em ativos, e já fazem quatro anos que estuda formas de reestruturação. Itaú e Bradesco, por exemplo, são concorrentes de peso, é tudo piorou em 2007, quando o Santander comprou o então Banco Real, e também entrou na briga por clientes com força. Por aqui, os resultados são os piores possíveis, enquanto no mundo houve queda, porém o saldo ainda era positivo, no Brasil o banco teve um prejuízo de quase R$550 milhões. Embora a solução encontrada seja a venda das agências brasileiras, o HSBC pretende manter presença por aqui, clientes corporativos de grande porte ainda serão foco nas questões internacionais. Esses e outros reflexos da crise brasileira, por que não dizer do mundo, ainda vão afetar e muito a economia do país. Milhares de pessoas desempregadas, com menos poder de compra, menos poder de investimento, como uma bola de neve, que vai descendo morro abaixo e aumentando de tamanho, já que vai carregando tudo que está pela frente. Que a crise passe logo.

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