sexta-feira, 12 de junho de 2015

Conta de luz na crista da onda

A marolinha se transformou em onda, e o governo e seus impostos estão pegando o tubo perfeito. Na crista da onda a conta de luz, vilã dos últimos meses, está com a pontuação cada vez maior nesse ranking.

Por Vivian Schetini  

A crise econômica vem afetando, e muito a população brasileira, principalmente no que se refere às contas domésticas e seus aumentos constantes. No últimos meses a vilã foi a conta de luz que já apresentou um acumulado de reajuste de quase 40%. O reajuste que deveria ser anual, já tem edição extraordinária esse ano desde Março. Em São Paulo, por exemplo, o reajuste acumulado de 2015 chega a 31,9% e é o 12° maior entre as 59 distribuidoras do Brasil. O primeiro lugar fica com a gaúcha AES Sul, com incríveis 39,5%.

Não é de se espantar que o índice de inadimplência no país tenha aumentado, que mais pessoas estão endividadas. Sem emprego, sem renda, o povo brasileiro perde o crédito em bancos, acaba com suas economias, seus empreendimentos não respondem a altura das novas necessidades, e como se não bastasse as despesas básicas ainda sofrem reajustes, aumentando os gastos mensais.

Uma onda, que vai levando e influenciando tudo que encontra pelo caminho. Ao povo, só resta rezar para que a maré baixe e o mar se acalme.

Novas regras

Novas regras tarifárias aprovadas pela Aneel tem o objetivo de reduzir a pressão causada pelas altas tarifas de 2015. Aprovação aconteceu em abril e já é o quarto ciclo de reajuste.

Uma das regras pretende deixar claro o valor de remuneração dado aos investimentos feitos através de empréstimos da Conta de Desenvolvimento Energético destinado ao programa do governo Luz para todos. Segundo técnicos da Aneel, essa remuneração deve ser de 1% a 2% do valor do empréstimo, de acordo com declaração dada à Reuters.

O nível de perdas possíveis também está sendo revisado, isso ocorre com ligações clandestinas, ou seja parte do aumento das tarifas é para cobrir tais "gatos". E assim mais uma vez o consumidor honesto paga essa conta.

Por outro lado, uma medida que pode favorecer os consumidores é o fator X que tem por finalidade reduzir um pouco a conta, esse índice é aplicado com o intuito de reduzir o impacto do IPG-M nos reajustes. O componente produtividade no Fator X deve aumentar de 1,11 %  para 1,53 %. Outra medida que pode favorecer os clientes é a elevação dos ganhos de eficiência nos custos operacionais.




Um comentário:

  1. Essa onda já tem se tornado um tsunami para muitos.
    Matéria muito bem redigida e esclarecedora.
    Parabéns!

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